Após mais de duas décadas a arqueóloga inglesa Lara Croft continua firme e forte em suas aventuras encantando cada vez mais as novas gerações de gamers que vão surgindo, mas, você sabe como foi o primeiro jogo dela? Como tudo começou?
Hoje, vamos fazer uma análise do maravilhoso clássico de Tomb Raider lançado em 1996 e te mostrar o porque a Lara chegou quebrando barreiras em todos os sentidos.
A empresa responsável pelo desenvolvimento foi a britânica Core Design, fundada em 1988 e encerrada infelizmente em 2010. Mas nesses 22 anos em que estave em atividade, a empresa criou simplesmente uma das maiores franquias do mundo.
Revolucionando o mercado mundial em vários aspectos, o primeiro Tomb Raider foi um dos primeiros, se não o primeiro game totalmente em 3D. Naquela época, o lançamento causou uma euforia tão grande que Lara Croft era assunto nos quatro cantos do mundo e sua popularidade chegava a níveis inimagináveis.
Sempre lembrando que para a época, final da década de 90, tudo o que se refere ao clássico Tomb Raider era sempre o ápice do ápice. A melhor estrutura de som ambiente, os barulhos dos tiros, dos animais e principalmente a trilha sonora, ela foi um show à parte.
Indo ao contrário da maré dos jogos da época, não havia uma trilha sonora tocando durante todo o jogo. Nathan McCree preferiu usá-la durante momentos específicos do jogo, o que trazia aquela sensação indiscutível de solidão tão característica dos clássicos.
Estava tudo tranquilo e quando você menos esperava era surpreendido por um som ambiente, um grunhido da Lara, um uivo de um lobo… O que o clássico game fez para a indústria de jogos, uma boa parte dos fãs nem faz ideia. Tomb Raider criou tendências que são copiadas até hoje, quase 30 anos depois.
A visão em terceira pessoa idealizada por Toby Gard levou vários meses para que a equipe de desenvolvimento conseguisse por em prática a visão que ele havia tido para o título.
Com uma câmera cinematográfica voando ao lado de Lara Croft durante toda a aventura, você sentia como se tivesse realmente ao lado da personagem durante todos os momentos.
Em alguns momentos cruciais, a câmera saía de perto da Lara para mostrar a magnitude dos cenários ou algum possível inimigo que estivesse bem próximo, isso é surreal quando você já está imerso no jogo. Só jogando para entender!
A proposta sempre foi de Tomb Raider ser uma versão claramente inspirada em Indiana Jones e nesse caso, as plataformas e como nos movimentamos durante o jogo é uma homenagem quase do inicio ao fim ao Tio Indy.
A equipe da Core Design conseguiu trazer tantas referências a monumentos reais, salas reais, mitos mundialmente conhecidos para o primeiro jogo que se envolver e resolver os quebra-cabeças sem nenhum tipo de ajuda, passa a se tornar uma questão de honra.
Se comparada as gameplays de hoje, o clássico pode ser taxado de vários nomes que não cabem para a época, já que ele se tornou referência para os desenvolvedores em todo o mundo.
Você pode ouvir que a gameplay é chata, por ter o ir e vir para decifrar os enigmas, andar as vezes por quase toda uma fase para encontrar uma chave e retornar para o início para poder usá-la… Infelizmente hoje vivemos numa fase do imediatismo popular, onde tudo tem que estar muito próximo ou que possa ser feito de forma rápida para ter uma avalição positiva de uma grande maioria. O que acaba sendo triste, já que a valorização do pensar, acaba sendo deixada de lado, coisa que nos clássicos não acontece.
Então jogue o clássico com o pensamento de que ele abriu novas portas para o mundo dos desenvolvedores e criou tendências, cabe a você avaliar.
O clássico Tomb Raider traz com ele tanta coisa que serviu de base para a indústria dos games desde seu lançamento que deixá-lo de lado é um absurdo sem tamanho.
Um jogo que foi praticamente o primeiro grande jogo com história digna de Hollywood que entregou tudo para o que veio e te diverte do inicio ao fim.
Não é a toa que até mesmo hoje depois de quase 30 anos ele ainda é lembrado e reverenciado por tanta gente e sempre terá um lugar cativo nos nossos corações!